sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Seriadomaníacos: setembro está chegando!


Sou seriadomaníaca desde os tempos de Spectreman. E nada consegue me afastar das séries americanas, britânicas e francesas (ainda tinham as japonesas na infância) que aparecem anualmente. Bom, para os que curtem seriados, assim como eu, setembro será um mês repleto de novidades nos Estados Unidos. Estou na contagem regressiva pq quase todas as minhas favoritas retornam após meses de reprises. Abaixo (olha aí, Andréa!), as datas e os vídeos promocionais (promos) das minhas prediletas. Ainda faltam Lost e The Tudors que só retornam em 2009.
Como faço para assisti-las antes de chegarem ao Brasil? Ah! Paul Torrent é meu amigo há anos...hehehehe

1º de setembro
2ª temporada de GOSSIP GIRL - pq eu ainda tenho meu lado "aborrescente".
4ª temporada de PRISON BREAK (imagem acima)- eles são os únicos presidiários dos quais sou fã...hehehe

9 de setembro
Estréia de FRINGE - com direito a mistérios e conspirações. Já vi o primeiro episódio e adorei.

16 de setembro
5ª temporada de HOUSE - tem o médico mais porra louca e sarcástico que já vi!

18 de setembro
8ª temporada de SMALVILLE - sem Lex Luthor a história perderá ainda mais o sentido. Mas quero ver se rola algo entre a Lois e o Clark...

22 de setembro
3ª temporada de HEROES - a temporada será de tirar o fôlego. Silar, o vilão, is the best!

25 de setembro
15ª e última temporada de ER - finalmente a final season! Mas parece que começou ontem...

28 de setembro
3ª temporada de DEXTER - sangue! sangue! sangue! ...e o serial killer mais querido do mundo.
2ª temporada de CALIFORNICATION - sexo e mais sexo para o meu escritor favorito.

Valeu a visita!!!


Os colegas do DG Cristiano Estrela e Mariana Mondini me visitaram hoje pela manhã. Me pegaram ainda sonolenta e de pijamas (rsrsrsrs), mas adorei a visita :) . Acabei nem perguntando qual era a pauta por estas bandas.
O Cris fez até fotos do momento (na imagem acima: eu, com cara de sono, ao lado da Mari) .
Aproveito para dizer que comecei a fisioterapia na quinta-feira, na Fisiovida - em Guaíba. Apesar de pagar do próprio bolso - pois o meu convênio não oferece fisio na minha cidade e não tenho como ir a Porto Alegre todos os dias - estou adorando. A equipe é fora de série e isso ajuda muito na recuperação. Sem contar que vejo pessoas novas e saio de casa todos os dias. Por enquanto, fim do isolamento forçado...uhuuuu!!!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A primeira radiografia da perna nova...


Hoje, serei breve: comecei a caminhar com a perna operada!!! Fiquei tão feliz com a liberação do médico que não me importo com as sessões de fisio nos próximos dias. Estou apoiando cerca de 30% do meu peso sobre a perna nova (ela está 3cm maior do que a direita). Caminhei cerca de 1km com o auxílio das bengalas, mas as caminhadas não são suficientes para o joelho novo movimentar-se por completo. Por isso, enfrentarei a fisio a partir de amanhã - com ou sem dores.
Well, acima uma imagem bem ruizinha da radiografia da tíbia nova com a plaquinha e os dois parafusos (e eu achando que eram quatro). E viva la vida!!!!!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Planos e mais planos...

Sempre gostei de ter metas para atingir - sou assim desde a infância. Isso me move e me faz querer viver ainda mais.
- Com sete anos eu sonhava conhecer a Espanha. Cheguei lá há dois anos.
- Aos 11, decidi que tentaria uma vaga para técnico em Publicidade no Ensino Médio. Concluí o curso.
- Na adolescência desejava me formar em Jornalismo. Depois de muitas batalhas, ganhei a guerra.
- Aos 17 anos decidi que queria trabalhar na empresa que estou hoje. Fui contratada por ela um ano depois.
- Durante a faculdade troquei o desejo de trabalhar em rádio pela vontade de escrever para um jornal. E faço isso até hoje.
- Na empresa entrei como office-girl, mas queria ser repórter. Consegui quatro anos depois.
- Sempre quis ganhar um prêmio interno na empresa (como reconhecimento pelo meu trabalho). Já ganhei dois.
Não tenho a pretensão de aparecer, mas de provar que quando a gente quer algo de verdade, é possível alcançar.
Óbvio que não conquistei tudo o que já desejei, mas não posso me queixar. O que consegui (ainda é pouco) foi após muita luta, tendo que abdicar de tantas outras possibilidades. Mas não me arrependo de nada.
E agora, neste período de isolamento, estou aproveitando para definir novos objetivos que deverão ser colocados em prática após me recuperar das duas cirurgias. A listinha cresce a cada dia. Mas, por enquanto, prefiro mantê-la reservada.
Ao lado das minhas inseparáveis bengalas (hoje fiz a foto acima), busco forças para enfrentar este período e pensar no meu futuro próximo.
Quero fazer tantas coisas...

P.S: Amanhã é dia de ir ao médico. Joelho continua uma bola, mas hoje caminhei bastante e movimentei o corpo. Passo por cima da dor e sigo em frente.

domingo, 24 de agosto de 2008

45 dias...

Um mês e meio após a cirurgia, voltarei hoje a dormir sozinha no meu quarto. Desde que fui operada, a mãe tornou-se uma fiel escudeira ao lado da minha cama. Porém, concluímos que já é hora de eu ficar sozinha novamente.
Ainda não coloco o pé no chão, mas consigo me movimentar e ir ao banheiro sem necessitar de apoio humano. As muletas são suficientes para isso. E também comecei a andar como Saci Pererê, pulando somente na perna que ainda não passou pela faca.
No meu quartinho rosa, restaram eu e meus companheiros Ligeirinho, Papa-Léguas, as Powerful Girls, a Pukka, uma bruxinha e até um ET (todos na foto acima). Acho que vou estranhar a primeira noite sozinha. Estou parecendo uma criança que ganhou quarto novo...hehehe
A cirurgia dói pouco e, até, já ensaio fazer conchinha de uma pessoa só, mesmo que a perna ainda não dobre totalmente por estar um tanto enrijecida. Conto os dias para voltar a caminhar de verdade.
Só me assusto quando lembro que passarei por todo este processo novamente em poucos meses. Por mim, faria amanhã a cirurgia na perna direita. Mas há todo um caminho a ser percorrido antes. Inclusive, de amadurecimento desta que escreve.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O céu e o inferno...


Os jogos olímpicos de Pequim ainda não terminaram, mas duas imagens já me marcaram muito: o choro de êxtase do nadador brasileiro César Cielo e a expressão de tristeza do ex-melhor do mundo Ronaldinho Gaúcho.
Cielo me fez chorar ao ver sua alegria contagiante após o ouro suado nos 50m. Para conquistar o lugar mais alto no pódio, ele, que até então era pouco conhecido da massa, abdicou de praticamente tudo que um jovem de 21 anos faz nesta fase da vida. Festas e namoros foram esquecidos. No último ano, seu foco estava totalmente voltado à Olimpíada. E deu certo! Cielo chegou ao céu!!!
No outro extremo, Ronaldinho foi aos jogos como um dos maiores ídolos, apesar de estar mais gordo e menos artista da bola nos últimos meses. Ex-bola de ouro e ex-campeão mundial, ele era uma das maiores esperanças do Brasil para ganhar o primeiro ouro do futebol masculino. Era...
Esqueceram, apenas, de dizer a ele a aos outros integrantes da Seleção que futebol não é só pagode e firulas. Tem que ter garra, brio e humildade. Considerado o "patrão" do grupo, por ser o mais velho e liderar a equipe dentro e fora do campo, Ronaldinho deveria ter encarado a verdade: estava fora de forma e sem condições de ficar 90 minutos em qualquer jogo.
Contra a Argentina, se que o técnico Dunga foi covarde e burro em não tirá-lo, ele mesmo deveria ter batido no peito no intervalo e dado a chance para que outros pudessem tentar desenterrar o que parecia já estar a sete palmos.
Não deu. Tomamos três a zero, e fomos eliminados. Nos acovardamos na defesa, vimos um futebol de luxo dos hermanos e a medalha de ouro escorrer pelas mãos. Restaram apenas as expressões. Na hora em que o "patrão" deveria ter assumido sua parte no fiasco, desapareceu com o seu pandeiro (o de verdade).
Após um abraço apertado no argentino Messi, Ronaldinho saiu de campo cabisbaixo. Vergonha, indiferença ou desgosto? O certo é que ele foi ao inferno.
P.S.: O pé já pode sentir o chão, mas ainda não posso me apoiar nele. Gelo diário para conter as dores. Estou melhorando...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Por trás de um grande amor...


Hoje é dia dos solteiros, mas não me perguntem quem inventou mais esta bobagem comercial. Estou solteira e que fique bem claro que não é opção, mas ainda não encontrei ou não fui encontrada por alguém (até o momento) que vá além de "mais uma opção".
Apesar de ser o "dia dos solteiros", falarei sobre um filme romântico que vi hoje. É "água-com-açúcar" ao extremo, mas de uma delicadeza que me encantou como não ocorria há tempos.
Baseado no best-seller The Notebook, de Nicholas Sparks, Diário de Uma Paixão, de 2004, é uma história sobre oportunidades perdidas e a força de um amor que ultrapassou todas as barreiras.
É um romance previsível, mas com ótimas interpretações e que acabou me fazendo pensar novamente na existência do amor verdadeiro, dos destinos cruzados... blábláblá...
O certo é que acabei em lágrimas, embalada pela história do casal de idosos que fez a vida acontecer mesmo quando ela tentou dar uma rasteira nos dois.
Na capa do DVD, uma frase que anda meio esquecida em tempos de individualismo, imediatismo, sexo fácil e carência de afeto: "por trás de um grande amor existe uma grande história".
P.S.: Não tem preço ver o sol logo cedo e a lua despontando ao anoitecer. Aproveitei que as dores diminuíram para dar umas voltinhas na rua. Ao final do dia, gelo na perna.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A devoradora de livros vem aí...


Hoje, mergulhei de vez nos livros. E que mergulho!!! Li em seis horas a biografia do grande Tim Maia - Vale Tudo: O Som e a Fúria de Tim Maia -, escrita por Nelson Motta. As 268 páginas foram devoradas sem que eu percebesse o tempo passar. Apesar da história mais de baixos do que altos do músico turrão, o texto eletrizante me arrebatou.
Não foi a primeira vez que li um livro em um único dia. A diferença é que, pela primeira vez, li um ebook.
Para quem não conhece, os ebooks são livros digitalizados para a Internet. Já conhecia a técnica e, até, já havia baixado uma obra. Porém, minha paixão pelo cheiro do livro novo ou velho e pelo manuseio das folhas me afastaram do ebook.
Agora, como estou numa situação em que posso ler sentada na minha cama o dia inteiro, decidi voltar aos digitalizados. No caso de Vale Tudo, o tamanho do ebook diminuiu consideravelmente pq não apresenta as imagens contidas no livro (a obra em papel tem 392 páginas).
Well, o Viciados em Livros é um destes sites que oferece grandes obras. Inclusive, fornece várias apenas em áudio (os audiobooks). Mas ainda prefiro ler do que ouvir, mesmo que seja em frente ao laptop. Foi de lá que baixei Vale Tudo e outros quatro ou cinco livros que estou me propondo a ler na próxima semana. Pelo jeito, enquanto eu estiver fora de combate, voltarei a ser uma devoradora de livros, como nos bons tempos da adolescência. Coisa boa!!!!
Mandem sugestões de livros, please :))
P.S. : Perna em movimento e dores diminuindo. Como escrevi no Orkut: "recuperando a perna... o coração... a alma..."

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PQP


Depois da estréia na rua, as dores...e que dores...
Acordei na madrugada de hoje morrendo de dores adivinhem aonde: no calcanhar esquerdo. Isso mesmo, na %$%#@# do calcanhar!!!!
Eu já vinha sentindo uns formigamentos estranhos no tendão de aquiles esquerdo que iam até a sola do pé e pensei que se tratavam de falta de exercícios. Porém, o bicho pegou enquanto eu dormia.
É uma dor tão insuportável que não consigo encostar o calcanhar no colchão. Acordei aos gritos com o pé feito uma bola, quente e vermelho no calcanhar. Segundo o médico, o edema da perna está descendo para o pé. Só me faltava essa...
Para curar: gelo, analgésico, paciência e manter a continuidade dos exercícios.
Pressão, pressão (situação parecida com a da moça aí de cima)!!!
Minha vontade é dar um soco no primeiro que aparecer na minha frente, mas tô me segurando. Até que o meu controle mental está dando certo...rsrsrs
Mas tinha que acontecer isso?

domingo, 10 de agosto de 2008

30 dias, 30 noites...


Nada como um domingo ensolarado, de temperatura agradável, para fazer a minha estréia oficial de muletas na frente de casa...(risos)
Completei neste findi um mês de cirurgia, mas ainda caminho com apoio e sem poder colocar o pé no chão. Hoje, andei uns 500 m de muletas e sentei na rua, por uma hora, para pegar um sol.
Estou pálida, com cara de doente e há mais de um mês sem ir ao salão de beleza para arrumar as unhas ou ajeitar o cabelo...quase uma mulher das cavernas...(mais risos)
Vale o esforço por uma boa recuperação, ?
Para celebrar a minha quase volta à independência após um mês de confinamento, uma fotinho na frente de casa. Não se assuste com a figura. Tá valendo!!!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Você viu?


08/08/2008, número repleto de significados para os supersticiosos, ficará marcado pela grandiosidade da abertura das Olimpíadas de Pequim. Alguém viu?
Bom, eu confesso que acordei até um pouquinho mais cedo para aguardá-la. De toda a tecnologia apresentada, amei mesmo foram aqueles tambores cheios de efeitos e comandados por chineses que mais pareciam robôs, tamanha a perfeição dos movimentos. Que loucura!!!
Achei estranho também aqueles grupos escolhidos para representar cada continente enquanto as delegações passavam. Das Américas, o som era dos mariachis. Esquisito. Pior ainda foi ver o Brasil entrando no estádio ao som de gaitas-de-fole. Me senti uma escocesa...
As quase três horas de desfiles dos países cansaram qualquer mortal, mas daria tudo para curtir aquele momento dentro do "Ninho de Pássaro".
Apesar da grandiosidade do espetáculo, faltou alguma emoção. Sei lá se tudo estava tão perfeito que deu para enjoar, ou se houve muita frieza nos chineses ao executarem os movimentos - eles ficaram meses ensaiando (imagino a pressão).
De qualquer forma, os jogos foram abertos e já escolhi os esportes que pretendo acompanhar na madruga: futebol feminino e masculino (óbvio, mesmo achando que os guris terão que rebolar muito, e sem o Ronaldinho pq ele continua gordo), vôlei masculino, natação, ginástica artística, judô e atletismo em geral (adoro os 100m e os 400m e os saltos com o Jadel Gregório e a Maurem Maggi).

P.S: Perninha dura, difícil de movimentar. Joelho redondo de tanto esforço. Mas vou melhorando a cada dia.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aeeeeeee!!!!!


Hoje, me senti como se estivesse no meio de um campo florido e abençoada por um céu azul. Por isso, escolhi esta foto minha em Giruá, produzida pela colega Andréa Graiz em novembro do ano passado, para expressar este sentimento de faceirice plena. E o motivo é a retirada do brace (imobilizador) da perna operada.
Faltando três dias para a cirurgia completar um mês, o doutor Roberto Ruthner (meu ortopedista) disse que agora é tudo comigo. Preciso, mais do que nunca (como diria o Faustão), voltar a movimentar a perna. Os músculos estão atrofiando por ficar muito tempo sem colocá-la no chão.
Hoje, na clínica, sofri para dobrá-la apenas 85 graus. Terei que enfrentar a dor, mesmo chorando, e fazer o "moinho rodar".
É tudo comigo!!!!
Se de certo, até novembro já estarei com a perna direita operada também.
Que mais sensações de faceirice venham nos próximos meses :)))

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

De diários e outras histórias...



Gostei de revirar a minha "caixinha do passado". Nas fotos acima, todos os meus diários - dos 12 aos 18 anos - e o diário mais engraçado de todos os meus: 1992 - Primeiro ano do Ensino Médio. Nossa, ri muito das frases sentimentais ao extremo, das anotações sobre as festas da escola e dos códigos (acho que todas as meninas acabam criando códigos). Na tentativa de ter tudo nos mínimos detalhes, acabava anotando até o que passava na Tela Quente ou a notícia marcante daquele dia. Muito interessante, pois há fatos dos quais nem lembrava mais.
No fundo, sempre gostei de manter o passado vivo de alguma forma. Na infância, eu e o meu irmão enterramos vários dos nossos bonecos - Suzi, Falcon, A Liga da Justiça completa - no pátio de casa, em Guaíba. A intenção era que as gerações futuras descobrissem um pouco da nossa história.
Cada um está enterrado numa caixinha de madeira ou enrolado num tecido com a identificação dos brinquedos e dos proprietários (eu e ele). E não poderemos mais retirá-los pq construímos dois pisos reforçados e duas casas em cima do terreno. Acho que o nosso objetivo dará certo :))) Tomara que daqui a 200 anos algum arqueólogo encontre nossas relíquias...hehehe
Quanto aos meus diários, vou carregá-los para sempre. Toda a minha adolescência, com suas frustações e sonhos, está guardada ali. É uma pedacinho da minha vida que passarei adiante algum dia...


P.S: Tentei dobrar mais a perna, mas tá difícil. Chega num ponto que começa a doer o joelho e não consigo dobrá-la mais. Quinta é dia de retornar ao médico e tirar todas as dúvidas sobre a recuperação. Se precisar, alugarei uma cadeira de rodas. Preciso ver mais vezes o sol e a lua.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Meu primeiro diário e um certo amigo Maurício...


Hoje resolvi mexer no meu passado e encontrei coisinhas que nem lembrava mais. Por exemplo, o meu primeiro diário (foto acima). Branco e rosinha, todo romântico, com um casal de namorados se olhando. Tão meigo...hehehe
Ganhei ele no meu aniver de 12 anos. Ou seja, o pobrezinho já é maior de idade. Mas guarda tanta situação curiosa. Achei, até, uma nota de mil cruzados guardada na página do dia 29/7/1990. Mas não me pergunte o que ela fazia lá dentro.

Amigo distante
Mais adiante, encontrei cartas de um amigo distante. Explico: naquela ano, ainda não existia computador ou internet (nossa, estou me achando uma idosa!!). Então, a gurizada costumava fazer amigos distantes pelo fone 138 (valeu, Roberta, pela correção) ou por carta. Neste mesmo período, o jornal Zero Hora tinha um caderno chamado Zé H, voltado para o público adolescente. Nele, a gurizada podia enviar seus endereços e trocar cartas com novos amigos. Era quase o mesmo que os amigos virtuais de hoje nos chats. Só que a resposta poderia levar semanas.
Well, como eu sempre gostei de escrever, óbvio que não perdi a oportunidade de enviar o meu endereço para o jornal com os meus "dados pessoais". Não me lembro o que escrevi, mas recebi várias cartas de "novos amigos e amigas". Um deles me chamou mais a atenção e trocamos cartas por um período. Muito legal!
Na época, meu amigo Maurício Rocha tinha 14 anos, morava em Canoas e acabara de ser aprovado para o primeiro ano do Ensino Médio. Tinha 1,72, 59kg e gostava de vôlei. A letra dele era linda - a minha sempre foi um garrancho. Educado, querido, ele gostava de desenhar e de fazer amizades.
Não lembro o motivo do nosso afastamento, mas as duas primeiras cartinhas estão guardadas neste diário de 1990. Me deu uma saudade do tempo da inocência. De quando, realmente, os jovens se correspondiam com a intenção de fazer novas amizades. E, principalmente, procuravam escrever corretamente todas as palavras, sem gírias ou o maldito "miguxês".
Amigo Maurício, bons tempos...

P.S: Perna operada dobrando mais, pontos sequinhos. Ainda não saí da cama, mas a vida começa a ganhar mais cores além do rosa das paredes do meu quarto.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A solidariedade pode ocorrer em qualquer lugar...


No post anterior, disse que poderia encontrar uma pauta na agência do INSS durante a minha primeira perícia. Não achei matéria, mas encontrei algo muito melhor.
Na entrada, tive dificuldades para apoiar a perna operada que ainda não pode ir ao chão. Estávamos apenas eu, de muletas, e a mãe, com várias radiografias enormes nas mãos. Ela precisava organizar os papéis e tirar uma ficha, mas não tinha como me deixar ali, em pé. Ficamos por alguns minutos tentando achar uma cadeira disponível. Todos viram nossa preocupação, mas nenhum funcionário de cara amarrada ou o guardinha burocrata ousaram nos ajudar.
Foi aí que uma senhorinha de cabelos brancos, chale amarelo nos ombros e olhos verdes vivos aproximou-se. Não a tinha visto entre as dezenas de pessoas que se aglomeravam na sala. Prontamente, ela ajoelhou-se com dificuldades e segurou a minha perna. Sem piscar, disse para a minha mãe resolver a situação que ela ficaria ali me ajudando.
Por instantes, trocamos algumas palavras. Eu, morrendo de vergonha por não conseguir dominar a minha perna. Ela, me consolando e passando mensagens de apoio.
Incrível! Uma boa alma!
Não achei uma pauta na agência, mas descobri algo que há muito não via em sua forma mais simples e nobre: solidariedade. Pois aquela senhora, que nem tive tempo de perguntar o nome, me estendeu a mão mesmo sem saber quem eu era.
...E a luz da bondade apareceu justamente naquele lugar sombrio, de pessoas quase depressivas.
Voltei mais contente para casa :)
Ah! E ficarei, pelas contas do perito, pelo menos, até 31 de outubro em casa.