domingo, 9 de agosto de 2009

See you later!

Hoje, tomei a decisão que há algum tempo já vinha povoando a minha mente. Desde que voltei ao trabalho, em março deste ano, minha vida mudou de ritmo _ está mais acelerada, mesmo ainda fazendo fisioterapia e reforço muscular nas pernas.

Para conseguir me dedicar ao que mais amo fazer _ contar histórias de vidas reais para um jornal da minha cidade_ precisei listar as minhas prioridades. Então, fui tristemente (confesso) colocando uma a uma na ponta da caneta e optei por deixar temporariamente este blog desativado.

Motivo 1: ele foi criado, inicialmente, apenas para desabafar enquanto eu estava sobre uma cama após duas cirurgias. Cumpri plenamente este objetivo. Motivo 2: eu já não tenho mais tempo suficiente para me dedicar ao blog, e não poderia ficar oferecendo um material ruim. Afinal, tenho o maior respeito pelos amigos que fiz ao longo de um ano de blog. Motivo 3: estou com alguns projetos novos em andamento na minha vida. Então, as prioridades foram mudando. Motivo 4: quando eu voltar ao mundo dos blogs, terei uma proposta diferente. Aguardem!
Quero agradecer aos meus seguidores, aos amigos de inúmeras partes do mundo que continuam mantendo contato comigo e aos que me encontraram porque também têm o mesmo problema de joelho geno varo. Enfim, a quem passou por aqui _ deixando, ou não, mensagem.

O blog continuará no ar, mesmo desativado, pois continuo recebendo dúvidas de pessoas com joelho geno varo. E muitos posts desta página são relacionados ao tema.

Para quem tem Facebook, eu também estou por lá como Aline Custódio. Meu email para contato é alinix@yahoo.com.br .
Para finalizar, deixo dois textos do poeta da minha terra, Mario Quintana.
Beijo grande a todos! Até breve!

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão. Eu passarinho!
Mario Quintana

DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
Mario Quintana - Espelho Mágico

sábado, 25 de julho de 2009

A noite mais fria do ano

Eu amo frio, mas esta noite foi de arrepiar aqui no meu Estado (Rio Grande do Sul). Na Capital, acostumada com temperaturas mais amenas, fez -2ºC em determinados pontos da cidade. Foi a noite mais fria em 14 anos.
Na minha terra, Guaíba, não foi diferente. E eu, louca que sou, decidi sair com umas amigas para dançar. Por volta das 3h da madrugada, quando saímos da festa, o gelo tomava conta dos carros e dos gramados. Um verdadeiro frio de renguear cusco (deixar o cachorro manco para caminhar), como falamos por aqui.
Para quem é do Sul do país, frio é uma coisa normal. Mas como boa parte do Brasil tem clima tropical, quem vem de outros estados se surpreende.
Só para vocês terem uma idéia, a roupa que aparece nestas fotos foi usada hoje para sair no pátio de casa. Estava 2ºC neste horário da manhã. Mas a sensação térmica era de temperatura negativa. Coisa bem boaaaaa.

Crack, Nem Pensar!

Um dos motivos para o meu sumiço está no vídeo abaixo no qual, infelizmente (odeio câmeras), apareço. Ao lado do fotógrafo Marcelo Oliveira, passei duas semanas envolvida na produção de uma matéria especial sobre a comunidade terapêutica Fazenda Senhor Jesus, para dependentes químicos. Foi uma experiência chocante, posso dizer. A ideia inicial era descrever a rotina do local. Porém, os depoimentos foram tão fortes que acabei "virando" a pauta, mudei o foco da matéria. Decidi que seria mais interessante ao leitor conhecer a tristeza desta vida por meio das palavras dos próprios dependentes. Dos 62 internos, 90% tentam se livrar da pedra maldita: o crack.
Então, escolhi seis depoimentos de todos que colhi durante 12 horas no local. O material pode ser conferido na íntegra no jornal Diário Gaúcho deste sábado e parte dele no site do jornal Zero Hora.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Reserve 3 minutos

A colega Cynthia Vanzella me enviou este vídeo fantástico sobre os 50 anos
da famosa câmera Olympus. A própria marca fez um Stop Motion com 60.000 imagens. O resultado é surpreendente. Confira, abaixo:

sexta-feira, 10 de julho de 2009

1 ano de cirurgia!

Nossa! Completo hoje um ano da minha primeira osteotomia valgizante de tíbia. A perna esquerda está quase 100%. Mas na próxima segunda recomeçarei os exercícios com fisioterapeuta. Vou para a hidroterapia numa nova clínica. Preciso ganhar massa muscular e força. Vale tudo para nunca mais ter aquelas dores que atormentaram a minha alma por três décadas.

Para celebrar a data, deixo aqui trechos das Quatro Estações, do gênio Vivaldi. De alguma foram, elas lembram um pouco deste primeiro ano de nova vida:
- Winter - Começa dramática (antes da cirurgia)


- Spring - Em seguida, vai ao auge (quando eu recupero parte das minhas forças e ganho novo ânimo).


- Summer - Aí, a vida volta a ficar pesada, angustiante (na segunda cirurgia).


- Autumn - E vai acalmando. Como um renascimento para a vida...

sábado, 4 de julho de 2009

Música do final de semana...



Minha música do final de semana: Snow Patrol - The Planets Bend Between Us

Deu saudade...



Imaginem o que teria sido a última turnê de Michael Jackson. Só este ensaio acima, um dia antes de sua morte, é de arrepiar. MJ era um artista completo.

Peça de museu...

Alguém lembra deste trequinho aí acima? Parece que faz muito tempo, né? O disquete me acompanhou por longos anos, até ser esquecido e trocado pelo pen drive. Ontem, encontrei no meu armário, um arquivo com vários disquetes. Entre eles, este com o adesivo amarelo que contém uma cópia do meu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo (tem quase dez anos).
Não tenho como vê-los pq o notebook novo não tem espaço para disquete. Mas fiquei com pena de jogá-los fora. Vou guardá-los para a posteridade. Quem sabe, virem peça de museu daqui a alguns anos.

Mudanças...


A foto acima foi feita durante a produção de matérias no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na terça-feira passada. O nosso motorista Everton foi que registrou o meu momento no Parque Eólico, em Osório. Friozão de 6°C, mas o vento deixou a sensação térmica em quase
0 C.

Vida corrida. Quase não paro em casa. E quando paro, a vontade de me desligar do computador acaba me afastando do blog, do Twitter, do Orkut, do MSN. Por isso, estou sumida daqui.
Como trabalho o dia todo na frente de um micro, tenho tentado fazer outras coisas quando estou de folga. Ouvir Vivaldi, ler um livro, caminhar, ou, simplesmente, ficar contemplando o céu (eu adoro fazer isso) com a mente vazia.

Às vezes, gosto de sair de mim. Ficar em silêncio no meio da multidão. Parar.

Alguns colegas dizem que mudei depois das cirurgias. Acho que mudei mesmo. São pequenas coisas que acabam me tornando uma nova pessoa. Se foi para melhor, não sei. A única coisa que tenho certeza é de que estou mais leve, menos rancorosa, mais positiva. Viva la vida :)

domingo, 28 de junho de 2009

A fita métrica do amor

Plantão de domingo. Praticamente sozinha na redação, decidi ler alguns textos do próprio arquivo da empresa. E o primeiro com o qual me deparei foi a mensagem abaixo, escrita pela Martha Medeiros e publicada no jornal Zero Hora em 10 de janeiro de 2001. Digo mensagem pois ela representou exatamente isso para esta que vos escreve. Um sinal, talvez. Então, decidi dividi-la com quem passar por aqui :)

A fita métrica do amor

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravado.

É pequena para você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que
parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

(Martha Medeiros)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Goodbye, MJ

Rest in Peace, Michael Jackson.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Falcão e Sofia

A matéria abaixo, escrita por esta que vos escreve, foi publicada no jornal Diário Gaúcho em janeiro de 2007. É o perfil de um andarilho de Porto Alegre. Estávamos passando por ele e achamos incríveis as mensagens que o cara carregava no carrinho inseparável. As fotos são da grande colega e baita profissional Andréa Graiz.

Falcão e Sofia
ALINE CUSTÓDIO
Enquanto Sofia ganha bolacha de uma pedestre, Falcão apenas recebe um olhar desconfiado. Sofia ganha afagos de quem passa por ela. Falcão é, simplesmente, ignorado. Sofia e Falcão formam uma dupla há um ano e quatro meses, em Porto Alegre.

Todas as manhãs, ficam sentados numa sombra na esquina da Rua Sebastião Leão com a Avenida João Pessoa, no Bairro Azenha. À tarde, passeiam pela Redenção. No cair da noite, dirigem-se para a marquise de um prédio no Bairro Praia de Belas.

Falcão protege Sofia. E Sofia, defende Falcão. São amigos inseparáveis. A maior curiosidade nessa história é que Falcão fala e Sofia, apenas obedece. Falcão é o apelido de um andarilho de 42 anos que se nega a dizer o verdadeiro nome. Sofia é uma vira-lata preta e branca, adotada por ele logo ao nascer.

Os dois perambulam pelas ruas da Capital e recebem todo tipo de ajuda. Sofia é a que mais tem madrinhas e padrinhos. Alimenta-se apenas com ração de primeira linha e tem até cobertor próprio. Em dias de chuva, é protegida por um guarda-chuva dado especialmente para ela. Falcão vive há 27 anos nas ruas e depende da sorte. Ganha roupas, calçados e alimentos e dorme aninhado à Sofia. Carrega um carrinho de supermercado, no qual coloca os poucos pertences e a comida da cadela.

Algumas vezes por ano, costuma caminhar até Bagé para rever a irmã adotiva. Segundo ele, são 16 dias para ir e 20 dias para voltar.
– Conheci boa parte do Brasil caminhando. Sou andarilho por opção. Quando o asfalto está quente, coloco a Sofia no carrinho para ela não queimar as patinhas – conta.

Na frente do velho carrinho, Falcão costuma escrever mensagens positivas para quem passa. A cartolina, amarrada com cordão, e as canetas também são doadas.
– É tanta violência neste mundo que sinto necessidade de fazer algo para as pessoas sorrirem, principalmente, crianças e idosos. O mundo precisa melhorar – justifica Falcão, sem dar muita importância para a própria situação.


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sou jornalista diplomada e ninguém mudará a minha história

A decisão do STF de derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, ocorrida hoje, foi um golpe duro em quem sempre sonhou ingressar numa faculdade e, por mérito, conseguir se tornar um bacharel em Comunicação Social, especializado em Jornalismo. Este é o meu caso.

Me dá náuseas ouvir a justificativa do presidente do STF, Gilmar Mendes. Para ele, o fato de um jornalista ser graduado não significa mais qualidade aos profissionais da área. “A formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros.”

Se fosse assim, "Doutor Gilmar Mendes", a profissão de advogado também não poderia existir e o diploma de Direito deveria deixar de ser exigido.

No próximo ano, completarei dez anos como jornalista diplomada. E me orgulho muito de ter conquistado, após muita luta, o meu diploma. A minha história, Doutor Gilmar Mendes, o STF não conseguirá apagar.

Para saber mais sobre a decisão, clique aqui.

Violeiro solidário

Algumas histórias caem de maduro no colo do repórter e, muitas vezes, acabam passando sem que o profissional se dê conta de que aquele momento pode se tornar eterno. Uma destas histórias caiu na minha cabeça na sexta-feira passada, quando me determinei a acompanhar um baile num asilo de idosos carentes. A ideia era fazer uma matéria sobre a solidão sentida por quem vive distante da família e dos amigos.

Fiz a matéria (e ainda não foi publicada). Porém, no meio da pauta encontrei o seu Oswaldo. Rostinho miúdo, olhar sincero e sorriso discreto pela falta de dentes. Aos 91 anos, ele é o violeiro que anima os bailes do asilo. "Nossa! Que figura!", foi o que pensei.

Então, fiquei o observando e decidi marcar uma entrevista com ele para esta semana. O resultado desta conversa está abaixo e na matéria publicada no Diário Gaúcho de hoje. Algumas fotos são do sempre talentoso (e quase poético nesta pauta) Marcelo Oliveira.

VIOLEIRO SOLIDÁRIO
Não há idade para a música e o amor
ALINE CUSTÓDIO
Aos 91 anos, metalúrgico aposentado de Gravataí é exemplo de vitalidade. Ele é voluntário num lar de idosos da cidade, onde anima bailes.

Pelas cordas do violão que ganhou aos 14 anos, o metalúrgico aposentado Oswaldo Nunes Jardim, 91 anos, de Gravataí, ainda dedilha emoção. Com o instrumento presenteado pelo pai, o senhor que se autodenomina “não idoso” por ter saúde de ferro, dá aulas, participa de um coral e costuma animar os bailes de um asilo da cidade:

– Sinto prazer em tocar para os que querem ouvir, e os velhinhos gostam. Violão é um remédio para qualquer doença.

Viúvo há seis anos, Oswaldo tem o instrumento como único companheiro. Quando se sente só, bastam os primeiros acordes de Tico-Tico no Fubá ou do Brasileirinho para que a tristeza desapareça. Mesmo tendo aprendido desde cedo a tocar violão com o irmão, só tornou-se professor em 1956.

– Naquela época, quem tocava era vagabundo. Os amigos riam e diziam que eu só aprenderia a dedilhar aos 80 anos – comenta, entre risos.

Durante toda a vida, apesar de se considerar um romântico, Oswaldo só fez três serenatas, mas para ajudar os amigos. Nos anos 60, tocou em diversos carnavais. Na década seguinte, fez a carteira de músico e, até hoje, tem orgulho de carregar no bolso da camisa o documento da Ordem dos Músicos do Brasil.

E engana-se quem pensa que Oswaldo pretende aposentar-se do amigo violão, apesar da idade avançada de ambos.

– Quero chegar aos cem anos tocando. Para o amor e para a música não há idade – afirma.

aline.custodio@diariogaucho.com.br




segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meu mundo em P&B

Então, tenho experimentado coisas novas por aí. Uma delas é fotografar com o meu celular N95 em preto e branco. Abaixo, coloco algumas imagens que fiz nos últimos dias. Gostaria de ouvir a opinião de vocês. Não sou fotógrafa e nem pretendo ser. Mas amo fotografia, mesmo sendo leiga no assunto. Seguem as imagens:

domingo, 14 de junho de 2009

1 ano de blog!

Em comemoração ao primeiro aniversário do blog, estou postando um podcast de agradecimento a vocês. Muito obrigada por todas as visitas a este diário virtual. O blog me ajudou a enfrentar um dos momentos mais difíceis da minha vida. Quem quiser escutar, é só clicar aqui pq eu não consegui postar na página (problemas na tag).

A notícia está na rua

O texto abaixo foi publicado, neste final de semana, na Carta da Redação do jornal para o qual trabalho. Nele, o editor-adjunto Claiton Magalhães fala sobre uma matéria minha, em parceria com o fotógrafo Marcelo Oliveira (publiquei o texto aqui ontem, tá mais abaixo). Concordo com tudo o que ele escreveu e quero dividir com vocês.

A notícia está na rua
Repórter tem de estar na rua. Esse velho mandamento do jornalismo tem de ser seguido à risca por qualquer Redação. Mas, afinal, por que isso? Porque é lá, e entenda-se aqui rua como condomínio, avenida, praça, shows, plenários de sessões políticas etc., que as coisas acontecem.

Veja só o exemplo encontrado em uma das andanças da nossa equipe. Aqui abro parênteses para dar a você, caro leitor, a seguinte informação: o Diário tem cinco carros que percorrem, por dia, uma média de 200km cada. Veja bem, dá para fazer o trajeto de ida e volta a Florianópolis com a quilometragem somada de todos os veículos.

Pois bem, em uma dessas peregrinações, a repórter Aline Custódio e o fotógrafo Marcelo Oliveira flagraram uma cena incomum. Um costureiro instalou seu ateliê à beira da RS-118. Na aridez do asfalto, ele toca a vida em uma profissão que exige destreza e concentração.

Quando, fechado em frente a um computador, um repórter poderia brindar o leitor com uma matéria assim? Nem que fossem um Jorge Amado, um Guimarães Rosa (grandes escritores
nacionais) os repórteres teriam imaginação para traçar um momento tão peculiar e real no cotidiano de um trabalhador brasileiro.

Portanto, estamos aí, pelas ruas. A qualquer momento, você pode ver uma viatura do jornal navegando em busca da notícia. E, para finalizar, mando um abraço aos timoneiros Wagner, Paulo Henrique, Luís Antônio e Pablo, os motoristas do Diário Gaúcho, responsáveis por conduzir a reportagem na árdua luta para garantir a informação.

Claiton Magalhães
Editor-adjunto

Amor e seu tempo

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
Carlos Drummond de Andrade

sábado, 13 de junho de 2009

O costureiro do asfalto

O texto abaixo, de minha autoria, foi publicado nos jornais Diário Gaúcho e Zero Hora, ambos de Porto Alegre. Coisa simples, mas que eu amo fazer. Minha parceria desta vez foi o fotógrafo Marcelo Oliveira. Foi ele quem sugeriu a pauta quando passávamos na estrada e vimos a cena inusitada.
Foto: Marcelo Oliveira/Diário Gaúcho

Agulhas e linhas à beira da estrada
Costureiro conserta lonas de caminhão às margens da rodovia Sapucaia do Sul-Viamão
Aline Custódio aline.custodio@diariogaucho.com.br
Quem passa pela rodovia Sapucaia do Sul-Viamão (RS-118), próximo ao trevo de entrada de Gravataí, depara com uma cena inusitada. Às margens da estrada, um homem parece usar uma máquina de costura. Parece não, ele usa mesmo.

Há mais de uma década, Marcos Fraga, 38 anos, mais conhecido como Cabelo, é o “salvador de caminhoneiros e motoristas em geral”. A céu aberto, ele costura lonas, vinilonas e outros tipos de coberturas para caminhões e caminhonetes. A profissão está na família há três gerações, e Cabelo já se encarregou de gerar a quarta: o filho Taylor, 18 anos, é o ajudante dele e aprendiz de costureiro.
Apesar de tanto tempo cosendo, só nos últimos seis anos Cabelo passou a utilizar a máquina elétrica. Antes, tudo era feito manualmente. A maior lona que já costurou foi uma que pertencia a um vagão de trem.
– Tenho calos nos dedos desde criança, quando ajudava o meu pai na mesma lida – conta.

Ele até tentou trabalhar em outras funções. Chegou a ser açougueiro, mas acabou voltando para as linhas e as agulhas por reconhecer que era apaixonado pelo que fazia.
– Me criei na estrada e ajudo gente de todo o país. Esta é a minha profissão – fala.
Mesmo não revelando quanto recebe por serviço produzido, Cabelo diz que cobra, em média, R$ 1 por furo. E os clientes chegam de todas as partes do Brasil.
– Recebo caminhoneiro do Acre, da Bahia, de Pernambuco. E eles sempre voltam – garante.

Trabalhando na rua, o costureiro dos caminhoneiros enfrenta chuva e sol. No verão escaldante do asfalto, costuma fazer um puxadinho de restos de lona. Em dias chuvosos, se não usa este artifício, conta com a ajuda dos comerciantes da região. Mas a tarefa nunca deixa de ser exercida. Pelo contrário, Cabelo pode ser encontrado todos os dias na beira da estrada, das 8h às 20h. E sem fechar ao meiodia.
– O importante é trabalhar – conclui.

Música do findi :)

Música do final de semana: Marisa Monte.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sobre as minhas pernas: para atualizar

Estou curada da inflamação nos tendões da perna direita. Ainda bem. Porém, continuo sentindo dores atrás do joelho. Fiz uma ecografia do joelho e da coxa direita, mas ainda não recebi o resultado.
Também surgiu um probleminha no sangue, resultado da quantidade imensa de anti-inflamatórios que ingeri nos últimos meses. Mais uma coisinha básica para resolver. Esta situação foi boa para alertar quem passa por aqui interessado nas informações sobre as cirurgias. Confesso que carreguei demais na quantidade de medicamentos. Resultado: gastrite e, agora, uma baixa exagerada na quantidade de leucócitos no meu sangue. Com eles em baixa, estou vulnerável a qualquer tipo de infecção. Então, cuidado na hora de se medicar por conta própria.
Era isso, por enquanto. :)

Mais prêmios pro blog :)

Obaaaa!!! Tanto tempo sem passar por aqui e quando volto, recebo inúmeros selinhos dos meus amigos da internet. Muito obrigada Katarine, amiga do Espírito Santo, e David, amigo dos Estados Unidos. Vocês são uns amores :)
Vou mudar as regras de todos os selos, por serem muitos. Então, acima de cada um apenas indicarei um amigo para recebê-lo.
David, my dear friend from USA, this award is for you :)
Myrna, my dear friend from USA, this award is for you :)
Fátima, querida amiga de Portugal, o selo abaixo é para você :)
Katarine, querida amiga do Espírito Santo, o selo abaixo é para você :)
Magdalena, my dear friend from Poland, this award is for you :)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Voltei!!! Finalmente!!!

Curso concluído, aguardando a nota final. Volto aos meus amigos, que já perguntavam por onde eu andava...rsrsrs
Então, para celebrar o retorno ao meu diário virtual, deixo o inesquecível Luciano Pavarotti para vocês:

sábado, 23 de maio de 2009

Estudando

No post anterior, comentei que estava fazendo um curso virtual. Então, ele se chama Jornalismo 2.0 e é oferecido pelo Knight Center for Journalism in the Americas. Até a próxima semana, estarei me dedicando integralmente à conclusão das tarefas. Por enquanto, vocês podem acompanhar tudo o que tenho feito no curso clicando aqui. É o meu blog Caí na Web (acima, cópia da página), criado especialmente para os exercícios.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Testando novas ferramentas :)

Oba!! Enquanto fico de molho por conta da tal inflamação nos tendões, vou me dedicando ainda mais ao curso que estou fazendo via Internet.
No módulo atual, estou aprendendo a usar outras ferramentas para a Internet. Entre elas, o podcast. Para mim, ainda uma novidade...rsrsrs
Agora, quando eu estiver com preguiça de digitar, vocês poderão ouvir a minha voz.
Então, abaixo, segue meu primeiro áudio-teste. Digam se gostaram. Tem erros, mas é o primeiro. Bjuu

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