Maria. 71 anos. Mãos calejadas. Joelhos destruídos. Restam-lhe poucos dentes. Mulher de capataz de fazenda. Vive nas terras do patrão, no Extremo Sul de uma capital brasileira - onde, incrivelmente, nem o transporte público chega nas horas necessárias. Ela mora numa casinha de madeira com piso ainda feito de barro vermelho, bruto, socado.
Para chegar ao posto de saúde mais próximo quando as dores aparecem na madrugada, Maria se arrasta por oito quilômetros. Se o sofrimento ocorre em horário de ônibus, a caminhada diminui para "apenas" três quilômetros. Mas o sorriso insiste em permanecer na boca banguela, mesmo que isso signifique sacrifício diário. E eu (na foto acima, de camiseta branca, ao lado dela) fui ouvinte das histórias de Maria, hoje pela manhã. Registrei cada palavra, cada suspiro desta brava senhora. Ela foi apenas "mais" um personagem em "mais" uma matéria de jornal, mas ficará na minha memória para sempre.
Um comentário:
Maria aku harap kamu tetap bersemangat menjalani kehidupan ini........ salam kenal dari aku.......
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